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Belém do Pará já se rendeu ao psytrance. E não só por ser um ritmo cativante com uma cena em expansão para todos os cantos do Brasil. Na verdade, toda a galera que freqüenta as festas de PsyTrance de Belém tem um lado “roots” de se viver - é como se fosse um presente.
O caos do cotidiano, o trabalho sobrecarregado, o cansaço de ficar de “boba”. Mesmo que isso não seja ruim, precisamos de algo que nos afaste por alguns momentos, nos faça largar essa monotonia: temos de nos render ao lado espiritual da coisa, do sentir! Sentir a vibe, como a galera gosta de falar.
As festas de Belém são para isso. Além de proporcionar o conhecimento da e-music e suas vertentes, agora, mais do que nunca, uma preferência: as festas “Open Air”, que estão agitando por aqui há um tempo e ganhando cada vez mais adeptos. Que bom!
Agora, um festival? Hum! A coisa se torna cada vez mais séria.
A ousadia corre nas veias, e o espírito de aventureiro surge naturalmente com uma vibe altamente positiva, cadenciando e unindo todos nas batidas do psytrance em alguns dias dedicados a essa celebração, que acontece de vez em quando, mas que, lá no fundo, queremos sempre e para sempre.
Não importa onde, seja a 10, 15, 40, 600 km de distância. Os encontros com a natureza e o sentimento de igualdade e positividade são únicos quando se trata do clímax psicodélico. Novas amizades são conquistadas e as velhas são amadurecidas, que o diga a galera que já se viciou nos festivais de psytrance de fora do estado e está sempre fazendo um esforço para ir, como o Universo Paralello (BA) e Fora do Tempo (MA).
“Viajar é preciso. Viajar e viajar por si com seus olhos e pés - e não por histórias e contos de fadas” (li isso em algum livro).
E no caminho dessa viagem, eis que surge um grupo de amigos com um estilo de vida em comum. Iniciando uma jornada corajosa que começa a partir de agora, janeiro de 2007, com uma proposta única: fortalecer de vez a cena do psytrance na região Norte com a realização do primeiro Festival de Cultura Psicodélica do Estado do Pará.
A data já está marcada, de 6 a 9 de setembro de 2007. É uma oportunidade única para valorizarmos não só a cultura psicodélica, como também a nossa riqueza natural que a Amazônia proporciona. Quem sabe role uma participação especial de índios. Vai da criatividade dos organizadores. Seria uma boa - além da iniciativa, temos de valorizar nossas raízes, mostrando algo inédito.
Pois bem, Bingo !!! Para mim, acertaram em cheio! O papo agora é enrolar as mangas e muito trabalho.
Por Fabrício Gesta
Belém - Pa
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